Parabéns também ao Técnico pelo seu primeiro Campeonato Nacional.
"O objectivo deste artigo é o de dar a todos os visitantes e à comunidade em geral uma ideia de como tem corrido o campeonato até aqui e abordar a prestação, de uma forma mais específica, de cada uma das equipas da 1a Divisão, variando as perguntas conforme os objectivos e desafios desta.
Técnico
Rugby Portugal -Depois de algumas épocas em que a Agrária e o Benfica foram os protagonistas dos Campeonatos Nacionais de XIII e VII, eis que este ano o Técnico está muito bem posicionado para alcançar o seu primeiro título na prova, tendo já no ano passado mostrado fortes credenciais nas duas variantes (XIII e Sevens).
O que é que mudou, das últimas temporadas para esta, na vossa equipa?
Carlos Polainas - “O que mudou foi a maturidade atingida pelas atletas individual e colectivamente, foi a percepção que o Rugby é um jogo de equipa onde todas têm o seu espaço, sem esquecer a permanente disponibilidade para melhorarem e a entrega permanente nos treinos, que quero sublinhar e agradecer.”
Rugby Portugal - O CDUP ganhou à Agrária, o Técnico derrotou o Benfica e os empates têm sido um resultado recorrente. Nesta temporada, o Campeonato Nacional da 1ª Divisão tem sido mais equilibrado, com a vossa equipa a poder conquistar já neste fim-de-semana o título.
Podes dar-nos uma ideia de como vos correu até aqui esta edição do Campeonato e dizer quais foram os melhores e piores momentos (i.e. jogos), se alguns, do Técnico?
Marta Ferreira - “O campeonato tem corrido bastante bem, contudo poderíamos estar numa posição mais confortável se tivéssemos obtido algum ponto de bónus na primeira volta e ganho à Escola Agrária.
Não posso afirmar que, até aqui, tenhamos tido piores momentos mas penso que o mais agridoce foi o empate contra a Escola Agrária e, sem dúvida, o melhor foi a vitória contra o Benfica na Sobreda.
A vitória no 1º jogo do campeonato contra o CDUP, em Lousada, foi sem dúvida um marco importante que nos ajudou a consolidar e a manter unida a equipa.”
Rugby Portugal - Quando entramos naquela que pode muito bem ser a jornada decisiva da competição, não podemos deixar de fazer esta pergunta: O que é que esperam do vosso adversário deste fim-de-semana, o campeão dos últimos três anos, o Benfica?
Carlos Polainas - “O que esperamos é uma equipa aguerrida, forte, lutadora que até ao fim vai querer vencer o jogo.
Espero acima de tudo que este seja um jogo que eleve o nível do Campeonato Feminino e que o dignifique.”
Rugby Portugal - Numa altura em que o rugby feminino começa a consolidar um espaço próprio e a obter maior atenção junto da comunidade nacional da modalidade e, mais importante, junto da federação, é interessante averiguar se novas atletas ingressaram nas equipas femininas, à semelhança do que aconteceu, um pouco por todos os escalões, no rugby masculino.
Assim sendo, gostaríamos de vos desafiar a salientarem, caso seja possível, o trabalho de uma ou mais atletas do Técnico que, apesar do pouco tempo de rugby, já mostraram possuírem o valor e a capacidade para no futuro terem um papel importante na equipa e/ou, quem sabe, na selecção nacional?
Carlos Polainas - “Não quero estar neste momento a nomear dois ou três nomes, que poderia seria injusto da minha parte. A equipa tem funcionado como um todo! Posso, no entanto, referir que as novas praticantes nos permitem encarar o futuro da equipa (e quem sabe da Selecção Nacional) com grande optimismo.”
Marta Ferreira - “Há grande potencial num conjunto de jogadoras ainda muito jovens e com muitos anos (assim queiram) para dar ao rugby feminino!
Falo da Joana Vieira, da Raquel Sabino, da Vera Cantante e das irmãs Marta e Catarina Pires. E também de um leque de novas jogadoras que estão a crescer e vão aparecer em força nos próximos tempos.”
Benfica
Rugby Portugal - Se nas últimas épocas a Agrária e o Benfica têm dominado os Nacionais de VII e XIII, respectivamente, este ano o Técnico está muito perto de alcançar o seu primeiro título na prova de XIII, sendo que já no ano passado o conjunto das Olaias e o CDUP mostraram fortes credenciais nas duas variantes, em especial nos Sevens.
Sentem que algo tem mudado na hierarquia do rugby português de sete e de treze nas últimas épocas ou consideram este período como apenas um momento de maior equilíbrio entre as quatro equipas mais fortes do rugby nacional feminino?
Paulo Silva - “A minha experiência no rugby feminino é limitada, no entanto é óbvio que tenho a uma opinião formada. Acho que o rugby feminino está cada vez mais físico.
Existe uma preocupação em trabalhar não só os aspectos tácticos e técnicos mas também a componente física. O aspecto técnico que para mim mais melhorou do ano passado para este foi a defesa individual e colectiva.”
Rugby Portugal - Este ano o Benfica empatou com a Agrária, perdeu com o Técnico e viu o CDUP afastar as Charruas de Pedro Midões da luta pelo título. Quando entramos na recta final do Campeonato Nacional o equilíbrio é nota dominante, com o Técnico a poder conquistar já neste fim-de-semana o título.
Podes dar-nos uma ideia de como vos correu até aqui esta edição do Campeonato e dizer quais foram os melhores e piores momentos (i.e. jogos), se alguns, do Benfica?
Catarina Ferreira - “Houve, claro está, muito mérito do adversário em conseguir alcançar um empate e uma vitória connosco. Contudo, creio que foi devido aos erros que cometemos que o resultado não se manifestou de outra forma. O campeonato de rugby feminino está mais equilibrado e por isso as adversárias souberam aproveitar inteligentemente as nossas lacunas.”
Rugby Portugal - Quando entramos naquela que pode muito bem ser a jornada decisiva da competição, não podemos deixar de fazer esta pergunta: O que é que esperam do vosso adversário deste fim-de-semana, o Técnico?
Paulo Silva - “Para já espero que tenham tido condições de treino e que compareçam na sua força máxima. Espero um jogo muito forte por parte do Técnico que tem avançadas pesadas e muito combatentes, uma defesa muito bem organizada colectivamente e que faz placagens efectivas, bom ataque, principalmente os ¾ com boas mãos, circulam a bola muito bem, isto sem falar do poderoso jogo ao pé.
Mesmo com estas qualidades todas, nós estaremos lá para defender as quinas que temos no ombro. Não há favoritos para este jogo, na minha opinião quem se entregar mais ao jogo, quem lutar mais vai sair do campo com a Vitoria. Este é sem dúvida O JOGO pelo qual se espera uma época inteira.”
Rugby Portugal - Numa altura em que o rugby feminino começa a consolidar um espaço próprio e a obter maior atenção junto da comunidade nacional da modalidade e, mais importante, junto da federação, é interessante averiguar se novas atletas ingressaram nas equipas femininas, à semelhança do que aconteceu, um pouco por todos os escalões, no rugby masculino.
Assim sendo, gostaríamos de vos desafiar a salientarem, caso seja possível, o trabalho de uma ou mais atletas do Benfica que, apesar do pouco tempo de rugby, já mostraram possuírem o valor e a capacidade para no futuro terem um papel importante na equipa e/ou, quem sabe, na selecção nacional?
Paulo Silva - “Sem falar nas já conhecidas jogadoras, que voltaram a ser seleccionadas no fim-de-semana passado, temos algumas atletas novatas com cerca de ano e meio de rugby que brevemente estarão a dar nas vistas. Peço desculpa por não falar em casos individuais, mas somos um todo. Fiquem atentos aos nossos jogos.”
Catarina Ferreira - “Quando uma atleta nova aparece, é muito bem-vinda, nunca esquecendo que é necessário fazer um trabalho quase do zero, pois na maioria das vezes a modalidade é totalmente desconhecida.
O pouco tempo de rugby é um dado relativo pois se houver uma cultura desportiva de outras modalidades, tudo se torna mais fácil e muitas vezes ajuda no desenvolvimento da atleta no rugby.
Um dos exemplos é a atleta Vera Oliveira, que revela um potencial para a modalidade, uma humildade e vontade de aprender TUDO, ponto essencial para qualquer atleta, qualquer que seja a modalidade.
Quanto a papéis importantes na equipa… toda a gente que joga rugby o tem e a Vera não é excepção à regra.”
Agronomia
Rugby Portugal - Se nas últimas épocas a Agrária e o Benfica têm dominado os Nacionais de VII e XIII, respectivamente, este ano o Técnico está muito perto de alcançar o seu primeiro título na prova de XIII, sendo que já no ano passado o conjunto das Olaias e o CDUP mostraram fortes credenciais nas duas variantes, em especial nos Sevens.
Sentem que algo tem mudado na hierarquia do rugby português de sete e de treze nas últimas épocas ou consideram este período como apenas um momento de maior equilíbrio entre as quatro equipas mais fortes do rugby nacional feminino, deixando a Agronomia um pouco “de fora” deste grupo?
António Dentinho - “Sem dúvida que as varias equipas do grupo são muito fortes, mas a Agronomia tem se batido este ano de igual para igual com a maioria delas, e muitas vezes sem suplentes, ou com menos uma jogadora em campo.”
Rugby Portugal - O CDUP ganhou à Agrária, o Técnico derrotou o Benfica e os empates têm sido um resultado recorrente. Nesta temporada, o Campeonato Nacional da 1ª Divisão tem sido mais equilibrado, com o Técnico a poder conquistar já neste fim-de-semana o título.
Podes dar-nos uma ideia de como vos correu até aqui esta edição do Campeonato e dizer quais foram os melhores e piores momentos (i.e. jogos), se alguns, da Agronomia?
Francisca Hall - “Infelizmente, este ano o campeonato não nos tem corrido bem, muito por causa do baixo número de jogadoras. Tivemos algumas baixas importantes este ano, e fazer um campeonato com menos de 20 jogadoras é difícil.
Ainda assim, mesmo tendo feito metade dos jogos com menos de 13 jogadoras, penso que a forma como nos temos apresentado em campo tem sido muito boa. Principalmente nos jogos com Benfica e Agrária, em que os resultados e a forma como nos debatemos demonstram que se jogássemos de igual para igual, em número de jogadoras, talvez não tivéssemos apenas um ponto na classificação.
Claramente que os jogos em que jogamos com menos jogadoras são sempre os mais difíceis, mas também são aqueles que fazem com que nos superemos a nós próprias.
O pior momento talvez tenha sido o último jogo com o Técnico, tivemos alguns momentos de desconcentração onde não conseguimos manter a cabeça fria. Os melhores momentos foram os jogos com o Benfica e a Agrária, já na segunda volta. Jogos em que mesmo com menos jogadoras conseguimos superar isso e acabar de cabeça levantada.”
Rugby Portugal - Quando entramos naquela que pode muito bem ser a jornada decisiva da competição, não podemos deixar de fazer esta pergunta: Que tipo de objectivos é que, perante adversários tão fortes, estabelece o seu grupo para cada partida e para o campeonato em geral?
António Dentinho - “Tentar vencer em todos os jogos, ou então transmitir tal, sabemos que há jogos mais complicados e em que a probabilidade de ganharmos é mínima, mas há que entrar sempre para ganhar em cada jogo e fazer ver que é possível ganhar, seja qual for o adversário.”
Rugby Portugal - Numa altura em que o rugby feminino começa a consolidar um espaço próprio e a obter maior atenção junto da comunidade nacional da modalidade e, mais importante, junto da federação, é interessante averiguar se novas atletas ingressaram nas equipas femininas, à semelhança do que aconteceu, um pouco por todos os escalões, no rugby masculino.
Assim sendo, gostaríamos de vos desafiar a salientarem, tendo em conta a juventude do vosso plantel, o trabalho de uma ou mais atletas da Agronomia que, apesar do pouco tempo de rugby, já mostraram possuírem o valor e a capacidade para no futuro terem um papel importante na equipa e/ou, quem sabe, na selecção nacional?
António Dentinho - “Gostava de salientar em primeiro lugar, como o grande pilar desta equipa, a Maria Teixeira, pelo seu espírito de grupo, e a maneira que se debate em campo, e sempre disponível para ajudar a equipa. Em segundo lugar também gostava de salientar a Marta.”
Francisca Hall - “Como capitã, e face ao momento que nós atravessamos esta época, não posso deixar de elogiar o trabalho daquelas que têm sempre estado presentes, e que têm aguentado a equipa até agora.
Destaco talvez duas jogadoras que têm pouco mais de 1 ano e meio de rugby, a Sara Sanches, que jogava no ano passado no Cascais, e a Vanessa Monteiro que começou a jogar no meio da época passada. Tem evoluído bastante nos últimos meses e em campo demonstram uma enorme atitude. Para além do papel importante que têm tido também fora de campo. Serão sem dúvida jogadoras muito importantes no futuro da Agronomia.”
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